Toda a gente precisa de inspiração, de uma canção quando a noite é longa e nada nos faz ver que a vida é fácil. Porque ninguém encontra nenhuma garantia que assim seja. Quando o meu mundo está a cair aos pedaços, quando não há luz para quebrar a escuridão dos dias chuvosos de inverno, ou quando não consigo encontrar o meu caminho para casa, é quando eu olho para ti. E quando assim acontece, eu vejo a verdade e a inocência que estão por ai, algures, escondidos nos teus olhos e que me fazem admirá-los. Porque eu sei que tu me amas pelo que eu sou. E eu sei que não estou sozinha. Jamais. E tu pareces um sonho para mim, ter-te comigo foi tudo o que eu mais receei e, mesmo sem não conseguires entender, eu ainda receio. Porque eu tenho medo de te perder. Tenho medo de perder parte da minha vida. Tenho medo que o vento e o frio seco do Inverno a leve. De novo. Ou que só ameace. Mas ainda ainda assim, tenho medo. Muito. E não sabes o que é acordar de manhã e prometer-me a mim mesma que vai ser diferente. Que vou conseguir olhar para a vida de frente. Sem medos do que ela me possa trazer. Sem medo que ela te leve de mim. E eu tento. Todos os dias eu me levanto e rezo para que seja diferente e para conseguir cumprir as minhas promessas. E eu não tenho ciumes. Nem sei se posso chamar amor a toda a nossa história. Porque se fosse amor, tinha um rumo diferente. Tinha um destino diferente, e isto não tem. Não vai ter. Tudo isto um dia acaba e eu não posso mudar isso. Nem mesmo tu podes. E eu já não sei ao certo se eras capaz de fazer alguma coisa por mim. Por isso, vou deixar o vento soprar-me nas janelas, vou continuar a fazer as minhas promessas logo pela manhã e vou estar a ver-te crescer. E ficarei triste por não estar a teu lado em todas as fases da tua vida. Mas não fui eu que escolhi acabar assim, sem um ultimo capitulo. Foi o destino. Um dia compreendes. Ainda assim, fica com um amote sem hífen, tu sabes porquê.
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