Sabes aquele brilho que tu dizes não ver nos meus olhos há já algum tempo? Sim, ele não aparece. Eu não sei para onde ele foi e já não me lembro da ultima vez que esteve comigo. Já não me lembro de alguém chegar ao pé de mim e perguntar-me porque estou feliz e porque tenho os olhos a brilhar. Felicidade? Oh, não me lembro o que é isso. Sabes das poucos sentimentos que ainda me restam? Amizade. A tua amizade. És tão querida e ajudas-me tanto. Tu não dás por isso pois não? Eu sei que não dás, mas sem ti acredita que tudo isto estaria ainda pior do que o que já está. Sabes aquele breve momento antes da nossa hora de almoço? Lembras-te de te dizer que quem me tira esse bocadinho tira-me tudo? Pois bem, é verdade. É nesse espacinho de tempo que eu posso desabafar. Eu conto-te tudo e de ti, eu nunca escondi nada. Percebes o porquê de seres a minha força? É por isso. É por mesmo já estares farta de ter sempre a mesma conversa, de me ouvires sempre a falar da mesma coisa, conseguires sempre ter alguma palavra a dizer-me. Tens sempre uma palavra de conforto para mim. E sabes? Eu acredito em ti quando dizes que tudo isto vai passar. Eu quero-te comigo porque tu compreendes-me. Oh, quem era eu sem ti. Gosto de gostar de ti e tu estás bem. Era isso que eu batalhava e torcia todos os dias para que acontecesse. Finalmente assentas-te e não imaginas como isso me reconforta a alma. És a minha menina lembras-te? Não tolero que te façam mal. Irmã.

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