segunda-feira, 16 de abril de 2012
Imagino nós os dois, eu e tu, daqui a alguns anos morando juntos. E nós seríamos felizes eu e tu. Fotos de nós dois espalhadas pela casa. Fotos tuas no meu quarto, fotos minhas no teu quarto. Nós dormiríamos juntos pelo simples facto de eu te ter por perto e de quereres também. Pelo simples facto do meu quarto estar arrumado demais e a tua cama ser perfeita para nós dois. Eu teria medo do escuro, sem ti. E andaria apenas com roupas íntimas e tu fingirias não te importares e eu fingiria acreditar. Eu fugiria de ti correndo pela casa, rindo com o comando na mão só para não mudares de canal. E tu me pegarias e ficaríamos abraçados até o silêncio nos constranger. Os nossos sábados à noite seriam maravilhosos, olharíamos todos os tipo de filmes, atiraríamos pipocas um ao outro e pedíamos uma pizza. Perfeitos porque depois dormiríamos abraçados no sofá da sala, ao som da melodia dos créditos de um filme de romance e eu choraría do começo ao fim, e tu, rir-te-ias de mim. Iríamos ao super-mercado uma vez por mês comprarmos as mais diversas porcarias. E não nos faltaria nada. Eu não me importaria com as tuas roupas espalhadas pela casa e pelo meu quarto, e não me importaria com a tua desarrumação diária e a tua toalha de banho atirada pelos cantos. E nos domingos à tarde, ficaríamos em casa agarradinhos e diríamos o quanto nos amamos. Olharíamos as pessoas lá em baixo, casais apaixonados, e ficaríamos em silêncio, perdidos nos nossos próprios pensamentos. Os teus amigos viriam visitar-te e eu choraria em silêncio no escuro do meu quarto, até eles irem embora e tu ires dormir comigo e perguntar se eu tinha chorado. Eu negaria e tu acreditarias. Acordaria no meio da noite para te contar um sonho que tive e nós riríamos juntos. Acordavas-me com um café na cama ou com uma rosa roubada na casa do vizinho do lado. Eu deixaría um recado na porta do congelador na segunda de manhã a dizer que ia visitar os meus pais. Poderíamos até ter um cachorro, poderíamos levá-lo juntos a passear. Deitaríamos no chão e eu perguntaría no que estavas a pensar. Tu mentirías e perguntavas o mesmo. Eu mentíria. Eu saía para a faculdade todos os dias de manhã, e depois, enquanto ia para o trabalho eu amar-te-ía em silêncio, e tu amar-me ías em silêncio. Em alguns anos eu estaria formada e tu no topo da tua carreira, levavas-me a jantar e pedias-me em casamento. Eu aceitaria e seria uma linda história de amor. Eu tenho mil e uma razões para te abandonar e mesmo assim eu procuro aquela uníca razão que me faz lutar por ti. E quando é verdadeiro tu não desistes. E por mais que demore, por mais que doa, quem ama espera e eu imagino-me do teu lado todos os dias, abraçando-te, toccando-te, beijando-te e chamando-te meu. Porque eu te amo e tudo o que eu quero és tu, aqui, comigo. Eu já te disse que tens o melhor abraço do mundo? Não há nada que eu faça para que te ame mais, não há nada que tu me digas para que eu te esqueça. Tu és perfeito para mim e eu não mudaria nada, mas mesmo nada em ti. Tu queres mesmo saber a verdade? A verdade é que eu me apaixonei pelos teus defeitos. Eu queria poder segurar a tua mão, segurar a tua mão e não deixar-te cair. Quando tu estiveres perto de chorar, eu queria poder abraçar-te até tu sorrires. Eu queria poder proteger-te, eu queria poder estar lá para ti. Só queria poder segurar a tua mão com tanta força ao ponto de tu perceberes tudo isso. A tua felicidade é o que eu preciso para poder seguir em frente. Não tens ideia de como me fazes sentir. Não me perguntes que eu também não sei. Só sei que o meu coração acelera quando te vejo e falo, que eu sorrio quando tu sorris. Um dia vais acordar de manhã e perguntar-te a ti próprio o que aconteceu à rapariga que estava lá sempre para te ajudar por mais que a afastasses. Vais-te lembrar de todas as coisas que ela fez por ti e o quanto lhe magoas-te. Vais perceber o quanto ela era importante na tua vida e o quão única ela era. E quando esse dia chegar, ela estará a passear com o rapaz que lhe faz feliz.
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