Ei, afasta-te um pouco. Eu não me quero magoar. Nem a mim, nem a ti. Tanto tu como eu já sofremos bastante com tudo isto dos amores e desamores. Eu, sinceramente, não tenho muita vontade de sofrer e tu, tens? Penso que não. Afasta-te. Afasta-te porque eu sei que não queres cuidar de mim, que não queres reconfortar-me quando eu estiver em baixo, que não queres dar-me beijinhos na testa quando eu pedir, ou emprestar-me os teus braços por segundos para quando o frio for teimoso. Se não tens vontade de cuidar da minha alma, então vai-te embora. Eu preciso de ti, é certo, mas eu cá me arranjo. Como sempre o fiz. Eu fico bem e se a tua única razão de não ires é essa, então já podes ficar mais tranquilo. Olha sabes? A porta já está aberta, já fizeste as tuas malas, penso eu. Mas por favor, só te peço uma coisa. Não saias com a arrogância que já saiu, uma pessoa, uma vez. Eu isso, não aguentaria. Por favor, faz o que está certo e não penses só na tua alma. Pensa também na minha. Acho que mereço isso.